Lá estava eu no ano de 2000 escrevendo uma história para um livro, quando alguém bateu em minha porta, abri e uma senhora perguntou:
- Daniel me esconde em sua casa?
Eu logo percebi que era uma voz masculina e familiar então fiz algumas perguntas e falei:
- João Victor é você? Por que está vestido assim? Como veio parar aqui em Teresina? Se é você pode entrar.
O colega tirou a peruca e o disfarce e entrou (sentou no sofá da sala onde tinha copos e uma garrafa de vinho) quando disse:
- Estou fugindo da polícia por acusação de 3 tentativas de homicídio de políticos, eu sei que você é o detetive da polícia federal, mas você era a única pessoa em que eu podia confiar.
Eu fiquei meio tenso na hora, porque não sabia ao certo se era ele, mas o deixei ficar com várias regras. Em seguida bateram na minha porta novamente, olhei para trás, meu amigo tinha sumido então abri a porta: eram policiais federais que vieram investigar minha casa para ver se existia algo suspeito, pois achavam que eu tinha uma ligação com o suposto assassino.
Os tiras saíram da minha casa, mas ao saírem um dos policiais estava no telefone e disse que tinha um compromisso e saiu. Eu suspeitei e o segui (ele nem tinha percebido), ele parou atrás de um prédio abandonado onde ninguém ia e começou a falar com alguém numa voz bem ameaçadora:
- É hoje que eu te mato, devia ter me pagado todo o dinheiro Marcelo (BANG).
Peguei meu telefone e gravei tudo do começo ao fim. No dia seguinte quando fui ao trabalho enviei a todos o vídeo através do e-mail (inclusive para ele), os funcionários ficaram chocados e o policial foi demitido. Acusado de 4 homicídios, pegou 50 anos de cadeia e proibição de entrar na polícia pelo resto da vida. Depois da confusão João foi liberado e eu e ele recebemos vários benefícios (ele como um pedido de desculpas e eu por achar o assassino).
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